Fui uma criança que chupou chupeta e não queria que meus filhos usassem também. Como parei de usar meio grandinha, lembro que foi bem doloroso o processo da “deschupetização”. Na época, troquei a chupeta por uma boneca da Mônica (uma que tinha a maior cabeça do mundo, sem contar que era dura e pesada demais pro corpo e vivia pendendo. Quando ela batia na gente dava a maior dor) .
Na maternidade, na semana que Heitor passou na UTI Neonatal, a pediatra disse que seria bom darmos uma chupeta pra ajudá-lo a coordenar a respiração. Por isso resolvemos dar.
Bom, a princípio queríamos tirar a chupeta quando ele fizesse dois anos, mas como fizemos o desfralde dele na semana do aniversário e Artur estava prestes a chegar, resolvemos esperar.
Comecei a conversar com ele sobre a possível troca da chupeta com o papai Noel e ele reagia bem as nossas conversas até que chegou o grande dia…
Hoje completa 10 dias que demos a chupeta ao papai Noel, em troca ele queria o Zuma e a Sky, do Patrulha Canina.
Compramos os presentes, combinei com a ajudante do papai Noel e levamos ele lá pra conversar com o bom velhinho.
A data foi escolhida a dedo. Seria num domingo. A gente tinha programação pra segunda e pra terça a noite (ele ia chegar morto em casa e ia dormir sem maiores problemas) e na quarta já estaríamos em Recife (rotina de férias, passeios e brincadeiras o dia todo e seria mais fácil esquecer a “petinha”).
Na primeira noite ele dormir sem problema, mas teve um pesadelo e acordou chorando, querendo a “peta” e nessa brincadeira dormimos quase 1h da manhã. Confesso que quase dava a chupeta que tinha em casa, para caso de emergências (maternas, claro!), mas segurei firme e conseguimos!
Segundo, terceiro e quarto dia ele falou na chupeta na hora de dormir e eu expliquei que ele tinha trocado a “peta” pelos presentes. Ele lembrou da troca e ok,.
A partir do quinto dia nem falou mais nela! Fiquei tão orgulhosa do meu pequenicos… e com o coração apertado também, mas entre mortos e feridos salavaram-se todos e agora Heitor está “deschupetizado”.